Colocar a caneta na boca e sentir o gosto do café da outra boca. Boca esta que já havia mastigado o fundilho da mesma caneta. É como olhar pela janela antes observada e aprender a ver com os olhos do outro. Apreciar a mesma manhã, a mesma neblina, o mesmo orvalho, a mesma cor amarela do caminho de flores que dão no poço. Conversar com a violeta posta em cima da mesa, as mesmas palavras proferidas pela outra pessoa. Caminhar pela mesma Via. Atravessar no mesmo sinal todo dia. Encarar o reflexo do mesmo espelho e já não mais se encontrar.
15 comentários:
É impossível nos livrarmos do Outro, né? Ele sempre nos diz algo de nós mesmos. Mas ainda existe nosso Eu, Outro jamais deveria sobrepujá-lo.
A partilha faz crescer, e creio que é um grande feito duas almas que se complementem a nível critativo e ou intelectual conseguirem cruzar-se nem que seja uma vez na vida. Tive a sorte de ser abençoado. Ainda que cada um tenha continuado a sua vida, ainda comunicamos. As tuas palavras, belas, como sempre.
As vezes, quando me sinto assim, deixo que meu corpo voe... Talvez até chegar a um outro e tentar entrar em outra cabeça...
Essas coisas são como assistir a um filme de comédia pela segunda ou terceira vez. A graça sempre estará lá, mas nem sempre a risada dará as caras.
Tem que escrever mais! Atualiza pouco esse blog.
Nossa Carol, quanto coisa bacana você está dizendo aqui, hein?
Adorei seu blog meu bem!
beijos cheios de saudade!
Wilian Dolfini
prima passei por aqui
O que posso dizer?
Vou deixar o meu eu, interior dizer por si só!
Complemente magnifico seu blog, com belos textos.
E esse "Vida do Outro." Simplesmente fica a criterio de cada um, saber interpletar de sua maneira. Mais vejo como um olhar para dentro de nós mesmo! Um olhar diferente, não o mesmo olhar de nosso dia a dia, mais um olhar complexo. Examinar as coisas estando do outro lado oposto tb.
Parabéns pelo seu blog, muito bom mesmo. Vou aparecer por aqui mais vezes. Avisa-me quando postar mais textos.
Minha Linda, um beijo alve-verde.
Ass:Fabrício - Palmeiras-RJ
Há algum tempo descobri que eu não tenho direito sobre mim, eu não sou dono de mim inteiramente. Muitas pessoas fazem parte de mim, tem pedaços meus espalhados por aí. Embora estivesse em uma fase um tanto suicida, entendi que qualquer coisa que eu faça por mim mesmo é egoísta de certo modo, sendo que sempre estarei utilizando e roubando eu mesmo dos outros.
Hoje me contento, me vendo a prestações.
Que lindo, adorei o poema! Parabéns
Obrigada, leitores queridos...
voltem sempre e quando eu postar mais escritos com certeza avisarei.
abraços a todos
Adorei o post. =)
E sobre o comentário de um dos leitores acima, acredito que não existe nada mais egoísta que o amor.
E sabe, eu sou egoísta, preciso muito do sorriso das pessoas que me cercam.
Beijão!
Querida amiga, há quanto tempo...!
Estava com saudades suas...
O seu texto poderá ter 2 interpretações...
A da partilha, integralmente assumida, em que duas pessoas passam a ser uma apenas.
Ou a da asfixia, em que uma pessoa se anula na outra.
Em qualquer dos casos, o sabor na boca é sempre mais do mesmo... não há a liberdade e nem sequer a surpresa dos pequenos ou grandes gestos.
Se o seu texto é real, revolte-se (pacificamente...).
Se é ficção, ainda bem.
Em qualquer dos casos o seu pequeno texto é excelente.
Dois beijos (para quebrar a rotina...)
Mesmo que só o tempo seja um deus de verdade, espero que vc tenha ultrapassado as confusões e amadurecimentos...
Querida amiga, bom resto de semana.
Um beijo.
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